Morreu no domingo (4.dez), aos 52 anos, o advogado Danilo Cesar Maganhoto Doneda, um dos principais nomes que promoveram a proteção de dados e a privacidade no Brasil. O advogado estava na área de dados, pessoas e segurança digital brasileiro desde a década de 1990. A causa da morte não foi revelada pela família.

Ele era graduado em Direito, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), mestre e doutor em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), foi professor no IDP e coordenador-geral na Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça.

Doneda participou ativamente nas discussões que culminaram no Marco Civil da Internet, aprovado em 2015, e foi membro do conselho responsável por formar e orientar a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) — que é a autoridade de regulamentação da proteção de dados no Brasil.

Além disso, contribuiu na redação do projeto de Lei Geral de Proteção de Dados nas áreas de segurança pública e investigação criminal. Com seu desempenho na Câmara, o advogado foi convidado a integrar outros órgãos ligados ao tema, como o Conselho Nacional de Proteção de Dados e Privacidade, da Câmara dos Deputados, órgão responsável por criar relatórios sobre privacidade de dados e por orientar ação de órgãos públicos da área.

Com isso, tornou-se um dos principais especialistas na defesa das leis de privacidade e segurança digital.

Danilo Doneda era casado, deixa a mulher e quatro filhos. O velório acontece até às 14h na sala Diamante, da Capela Vaticano, no bairro Bom Retiro, em Curitiba, no Paraná.