Danilo Cesar Maganhoto Doneda nasceu em Curitiba no dia 17 de julho de 1970 e faleceu em decorrência de um câncer de intestino em um domingo de sol e chuva, 4 de dezembro de 2022, na sua cidade, com sua família, aos 52 anos.

 

Ele foi um jurista brasileiro que colaborou ativamente para a criação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil. Foi o primeiro brasileiro a ser nomeado board director da International Association of Privacy Professionals (IAPP). Era um dos maiores especialistas em privacidade e direito digital do país, membro do conselho responsável pela ANPD – Agência Nacional de Proteção de Dados e membro indicado pela Câmara dos Deputados para o Conselho Nacional de Proteção de Dados e Privacidade. Ele participou das discussões sobre o marco civil da internet e fazia parte da Comissão de Juristas responsável por estabelecer princípios, regras, diretrizes e fundamentos para regular o desenvolvimento e a aplicação da inteligência artificial no Brasil – CJSUBIA.

Dedicou sua vida aos estudos de Direito e tecnologia, adotando o tema da privacidade e da proteção de dados como um direito fundamental dos indivíduos. Amava música, literatura e cinema e passou boa parte da sua vida viajando pelo mundo. Casou no Rio de Janeiro em 2001 com uma carioca, a Lu, que conheceu no bloco de carnaval Simpatia é quase amor em 1998. Teve três filhos. Dora nasceu em Roma em 2005, na Isola Tiberina, assim como Adriano, que nasceu em 2008. Eleonora nasceu em 2011 na cidade do pai.

Danilo era conhecido por ser um grande jurista e especialista na sua área. Mas um dos seus grandes diferenciais era ser um pai extremamente amoroso e participativo, além de ser um amigo generoso e disponível. Tocava violão, adorava Fórmula 1, lia tudo de literatura russa e francesa, Millôr Fernandes foi sua inspiração na juventude e Stefano Rodotà seu mentor na vida adulta. Gostava de cozinhar, fazia pizza todo fim de semana e churrasco de vez em quando. Ouvia sempre Piazzolla e Jacques Brel, mas gostava de acompanhar San Remo. A política italiana sempre o inspirou. Morou anos na Itália e também na Espanha e na França. Viajar e participar de eventos era sua maior paixão. “Soneto da fidelidade”, de Vinícius de Moraes, foi seu poema preferido desde a adolescência.